quarta-feira, 31 de maio de 2017

Senador, Pedro Simon

LEGADO DO SENADOR PEDRO SIMON

A um mês atrás assisti a uma entrevista com senador Pedro Simon, na TV Senado, e a uma outra entrevista com o ex-presidente, Luiz Ignácio Lula da Silva, no SBT - (hoje a televisão dita a Moral. Antes era a Família, a Igreja e a Escola, palavras de Pedro Simon, Senador pelo PMDB do RS). Paulo Brossard e Almino Afonso também serão citados neste breve comentário sobre a entrevista do nobre senador.
Mas a matéria, aqui, é sobre este eminente político, o qual merece todo o nosso respeito e confiança, tanto quanto Almino Afonso e Paulo Brossard.

Pedro Simon e o sonho de um homem que nasceu em Caxias do Sul, um gaúcho que dedicou sua vida por um Brasil melhor.

Pedro Simon, nesta entrevista, revela não somente sobre sua trajetória política, mas um depoimento de um político que viveu o século XX nos momentos que fizeram época na nossa história política e social.

Ele revela com lucidez de quem esteve presente, quando da morte de Getulio Vargas, em agosto de 1954, em todo período da ditadura de 1964, na redemocratização de 1985.

É um depoimento histórico sobre o olhar particular de alguem que participou de todos esses momentos, onde sua experiência é transmitida como quem conheceu como ninguém, não só a sua nação, mas como governador de seu estado.

Umas das afirmações de Pedro Simon que desejo destacar foi sobre o erro que muitos cometem sobre se o presidente Getúlio Vargas fez muito ou não pelo Rio Grande do Sul, e então ele afirma: “(...) Getúlio fez muito pelo país, mas em especial pelo Estado de São Paulo e Rio de Janeiro.(...)”.

Simon revelou, também, sua preocupação com a integração da América do Sul. Ele referia-se às ameaças constantes de uma guerra com a Argentina, desde o Império até a República. Tanto que ele disse que até hoje a região de Uruguaiana é fortemente militarizada, o que causou um grande atraso industrial, agrícola e comercial, até aos nossos dias de hoje.

Se houvesse uma verdadeira integração na America do Sul, entre Argentina, Chile, Paraguai e Brasil, entao seriam nações unidas em um grande projeto de desenvolvimento econômico e social, a décadas.

Ele destaca a importância do Rio Grande do Sul nesta geopolítica, integrando o pacífico aos Estados das regiões sul, centro-oeste e sudeste, o que irradiaria incontestavel desenvolvimento social para as demais regiões, Norte e o Nordeste: os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, Tocantins, São Paulo, Espírito Santo, que muitos esquecem, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro.

Pedro Simon governou seu Estado, foi Senador por várias legislaturas e o seu maior legado, segundo disse
foi fazer política com amor, patriotismo e dignidade. A sua mensagem é a de que valeu a pena sua luta pela liberdade e valores do Brasil, e se sente com o seu dever cumprido.

Eu, pessoalmente, acrescentaria mais dois nomes de bons exemplos: o ex-ministro de Trabalho e Previdência Social no governo de João Goulart, Almino Afonso e o senador, também do Rio Grande, Paulo Brossard, todos estes serão sempre imortais exemplos, como foram os presidentes Getúlio Dornelles Vargas, Tancredo de Almeida Neves, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Jânio da Silva Quadros, e João Belchior Marques Goulart, todos que o Brasil precisa estudar e tomá-los como referencias de coragem, determinação e forte carisma político, algo neles, imanente e natural, e não marionetes de marqueteiros.

A mensagem do senador será sempre lembrada por todos aqueles que acreditam que o Brasil tem jeito, que o brasileiro precisa retomar a sua confiança própria, e que o Estado brasileiro pode ter bons exemplos no passado, finalmente, que basta buscar na nossa memória estes exemplos como protagonistas de uma política nova, de fazer política, reinventa-la, sao bons exemplos perene na história, por forte indignação, lutaram para mudar seu país.

Vamos olhar para nossa história, vamos nos mirar neles, em busca de saídas, de retorno a normalidade, de um ambiente de paz, mas para isso temos que ir a luta.

A paz não se conquista com inércia, fingindo que está tudo normal, a paz, ela existe porque estamos em constante vigilância e prontos para lutar por ela. Vamos buscá-la, ela não virá por geração espontânea. É preciso a indignação e a perseverança, as duas filhas da esperança, se a incredulidade dominar, nós cairemos no “cada vez pior melhor”. Será melhor mesmo? A quem interessa isso?

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