quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Debussy - "Clair de Lune"



Uma das peças clássicas mais preferidas...de muitas e muitas que eu gosto.

Chopin Prelude 4 in E Minor, Op. 28 "Suffocation" | Tzvi Erez



I -

Incógnita Alma

Da Paixão,
Do Amor,
Da Eternidade...

Do não saber,                   
Do amor sofrido,
Do coração amargurado...

Com quanta força à procurei,
Em meus sonhos,
Em minhas lembranças,
Em minhas veias, corria,
Em momentos tristonhos,
Em tempos de lágrimas...

Encontro-me envolto em um deserto,
Em frias noites ao relento,
Em adormecidos tormentos,
De existências ignoradas...

Peço perdão,
Passos perdidos,
Vagas inquietudes,
Incógnita e misteriosa
De saber oculto...

Penada alma prostrada em leito,
De incertezas,
De mar adentro,
De dispersivas espumas,
De enganosas ondas,
Em um oceano de profundas mágoas...


Turbado e cansado,
Caminho em sua direção,
Lentamente,
Estendo-lhe  as mãos...

Minha vida,
Já velha e cansada,
Anseia por ti,
Como terra sedenta, 

Para mim,
será deleite,
Para você,
será castigo,

À levarei comigo,
Juntos,
até à morte,
Incógnita alma.


II - 

A PARTIDA

Levo Comigo,
Os abraços não dados,
As palavras não ditas,
Os sentimentos de amor,
Não correspondidos...

Levo comigo,
A lembrança daquele primeiro beijo,
E a esperança daquele primeiro namoro,
O tocar das mãos,
Do primeiro olhar...

Levo comigo
O muito do amor que me dedicastes,
Os carinhos contidos e os gestos de compreensão
De quem me amou,

E sempre foi amado...

Levo comigo,
As lagrimas de amor não contidas,
O calor de corações apaixonados,
O convívio, a troca, a solidariedade,
E a cumplicidade...


Levo comigo,
Os momentos mais tristes e mais alegres
Da minha vida,
Nossas conquistas e derrotas,
E nossas  falhas e vitorias...


Levo comigo,
Neste gélido túmulo,
Neste último suspiro, 
A eternidade dos nossos sonhos
E esquecimentos...


E onde quer que eu esteja,
Estará o amor incondicional,
O conforto de quem sempre te amou...
E o sentimento de quem sempre esteve,
Ao seu lado, ouvindo a sua voz,

Acompanhando,
À cada segundo, seu coração,
Eterno amor,
Minha Namorada...



III -

(Eu compus este poema inspirado na canção "Libertango" de autoria do grande compositor
argentino, Astor Piazzola). Tentei transmitir em palavras a melodia desta brilhante composição,
que nunca me canso de ouvir. 

PAIXÃO

O Sol,
Rasgando meu olhar,
Num entardecer sem fim...

Aproveito aquele resto de dia,
E saio, desesperado,
Em busca de Ti,

Viro esquinas, ruas,
Atravesso olhares,
E me perco em pensamentos tristes.

A noite vai tomando conta dos espaços.
Os cabarés e os bares ascendem lembranças,
Simplesmente, de um filme de beijos e abraços eternos.

Um filme passa rápido em minha mente,
Como se abraçados, dançássemos um Tango enlouquecidamente.
Ao som do bandoneon, dos violinos e de olhares sedutores.

Tudo isso nos lança em um sentimento desvairado,
E, sem destino, vamos rodando pelo salão, apaixonados,
E, naquele compasso nos entregamos, perdidamente.

Dançando ao som dos violinos,
Novamente caminhamos por todos os lados,
Não desistimos nunca,
E seguimos com todas as nossas forças,
Repetindo todos os passos,
E caímos, apaixonados.

Assim, cumprimos os nossos destinos,
E, chegamos juntos, partindo para o infinito,
Levando em nossos corações,
Todos os sentimentos extenuados,
Todos os beijos e abraços externados,
Todos os nossos pensamentos libertados.

A paixão é como o Tango,
A nossa alma e o nosso coração mexe,
E todos os sentidos se aguçam ao extremo,
E nos sentimos completamente vivos,
Em uma entorpecida e inexplicável louca sensação,
Todo o resto perde todos os sentidos,
Meu corpo segue seus passos,
Meus lábios seguem os seus.

Passarei o resto do meu destino,
Como um planeta em torno do Sol,
E este Sol é você.






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