Escrito por
Fábio André Balthazar
Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, turma de 1951. Foi Assessor do Prefeito da Capital de São Paulo, Juvenal Lino de Matos (1955). Foi Delegado do IAPI de São Paulo até 1962, quando chegou a presidência do Instituto como o representante do governo no conselho tripartite.
Com a crise política de 1964, teve seus direitos civis e políticos
cassados em 1965, junto com o ex-presidente, Juscelino Kubitschek.
Ainda que tenha sido funcionário concursado, de carreira, desde a criação dos Institutos Previdenciários, é evidente ser impossível afirmar um funcionário, ainda mais na área previdenciária, se distanciaria, ou não participaria dos ideais trabalhistas representados no Partido Trabalhista Brasileiro.
Ainda que tenha sido funcionário concursado, de carreira, desde a criação dos Institutos Previdenciários, é evidente ser impossível afirmar um funcionário, ainda mais na área previdenciária, se distanciaria, ou não participaria dos ideais trabalhistas representados no Partido Trabalhista Brasileiro.
O controle do PTB nos Institutos impediria a carreira, principalmente se
este fosse representante do governo. Com o movimento de 1964 é evidentemente a
associação do nome do Presidente do I.A.P.I com o PTB, assim sendo, não demorou por
considerarem, ainda que um administrador público do alto escalão, um forte representante do
trabalhismo brasileiro.
Sua cassação não aconteceu de imediato, em 1964, mas acabou acontecendo
com muitos políticos que participavam da frente ampla pelo retorno a um Estado
Democrático.
Entretanto, estudos desde 1960, indicavam a necessidade de um formato novo previdenciário, não por categorias de trabalho, mas a sua concentração e centralização de todos os Institutos em uma única instituição, e foi o que aconteceu, em 1966, a extinção dos Institutos por categoria e a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Dois motivos, então, corroboraram para a perda dos seus direitos políticos: a extinção das funções de todos os conselheiros, a influência do Partido Trabalhista Brasileiro e a questão técnica da necessidade de um novo formato administrativo previdenciário.
Quanto esta questão técnica, como foi dito acima, já estava sendo preparada desde 1960, mas a forma como se deu a criação, dentro de um regime militar, evidente que os funcionários dos antigos institutos extintos, em face da influência do PTB, foram perseguidos politicamente.
Historicamente, tudo que aconteceu entre 36 e 64, foi a transformação de um Brasil agrário em urbano, em adensamentos de trabalhadores concentrados em zonas rurais para a migração em atividades urbanas, principalmente industriais, serviços, comerciais e bancárias. Os institutos de Aposentadoria e Pensões das diversas categorias de trabalho, em especial, bancários e industriários, ajudaram nesta transformação, de uma população muito jovem nas áreas rurais, com grande horizonte de trabalho para construírem grandes obras urbanas que marcaram as décadas de 40, 50 e 60.
Não há como negar que este impulso resultou no processo de industrialização que se deu nas décadas subsequentes. Pode-se notar que no início da década de 80 o Brasil era outro país comparando a antes de 1950. Penso que as décadas seguintes, 90 e 2000, iniciam transformações que justamente são os desafios que nos colocam hoje. Na Administração Pública, na Política, na Economia e nestes itens está inserido uma Previdência Social, uma Legislação Trabalhista, uma Reforma Política uma realidade totalmente diferente daqueles anos glamourosos dos grandes espetáculos, nas artes e dos grandes empresários, políticos realizadores, os construtores do Brasil entra os anos 30 e 80, meio século de um Brasil que sai da política do café com leite, agrário, e entra para a política urbana.
Mudou-se para a cidade de Mairiporã-SP, residindo em um sítio
localizado na estrada velha de Bragança - São Paulo.
Com a anistia, em 1978, foi
reintegrado como Procurador Geral da República e se aposentou nesta função.
Entre
os anos de 1964 até 1978 prestou assessoria jurídica, por diversas legislaturas,
ao prefeito Luiz Salomão Chamma e ao empresário, Thomaz Cruz, da área de concreto e granito e fundador do
renomado estabelecimento de ensino, Instituto Mairiporã Thomas Cruz.
Atuou junto ao
judiciário paulista para a criação do Fórum da Comarca de Mairiporã.
Foi
fundador, junto com sua esposa, do periódico Jornal de Mairiporã.
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Thomaz Cruz, Luiz Salomão Chamma e meu avô, Esar Zacharias André |
Esteve a frente em várias iniciativas
da cidade, entre elas, a estruturação do Poder Judiciário, tornando a cidade de
Mairiporã Comarca de 1ª Entrância, assim a competência de jurisdição ficou
independe das cidades de Franco da Rocha e Guarulhos.
Lutou
pela elevação da cidade como estância balneária, assim como é Lindóia, Serra
Negra, Socorro e Atibaia. Infelizmente a cidade de Mairiporã ainda não foi
reconhecida como tal, há, entretanto, o reconhecimento de sua importância como
cidade ecológica, de preservação ambiental das nascentes advindas, tanto da
Serra da Cantareira como da área central, às várzeas do Rio Juqueri que deu
origem à represa de Mairiporã, que se estende até Franco da Rocha a Caieiras, assim
como toda a extensão em direção à divisa com o município de Atibaia.
Em face do falecimento de sua esposa,
vitimada por uma enchente na Av. Pacaembu em 19/04/1976, voltou a residir na
Capital em 1978, mas se manteve ligado ao sítio, com pequena participação na
vida política da cidade. Em 1988 foi homenageado como Cidadão de
Mairiporã. Em 1989, já com 72 anos de idade, passou por problemas de
saúde que o imobilizou. Passado dois anos ele faleceu em 22 de dezembro de 1991,
na cidade de São Paulo e foi sepultado ao lado de
sua esposa, na cidade de Mairipor.
Meu avô, Esar e minha avó, Lívia, deixaram três filhos e dez netos. a primeira filha, Aurea, cinco netos: Paulo, Luiz, Fábio, Carlos e Eliana; A segunda filha, Lívia Maria, dois netos: Rodrigo e Luciana; e o terceiro filho, Ivâ, três netos: Ana Tereza, Ana Beatriz e Ana Lívia.
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Seção de Fotos (1) -
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O sítio, 1961 |
Esar Zacharias André |
Livia Val Silva André |
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Ritinha, filha de Zeneco |
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Fábio, 1966, Mairiporã-SP |
Paulo, Tio Ivã , Ana Beatriz André
Maio de 1963, o primeiro neto, Paulo, com 02 anos de idade
SALA DOS ADVOGADOS DE MAIRIPORÃ-SP
EU IA MUITO NO EMPORIO AKKAR, COM MEU AVO.
Dona Lívia e Esar em um Jantar em Atibaia ____________________________________________________________ Outros testemunhos
Lívia Val Silva André, filha de Nestor Fernandes Silva e Carlota Ribeiro do Val Silva, nasceu em 05 de outubro de 1914 na cidade de Monte Santo-MG, aos 25 anos veio para São Paulo junto com os pais, conheceu quem seria seu futuro marido, Esar Zacharias André, ambos passaram no concurso para escriturários pelo IAPI - Instituto de Aposentadoria dos Industriários, (1936), mas ela permaneceu somente três anos nesta função. Casou-se com Esar em 1940, três anos após nasceu Aurea, 1943, em 1944, o segundo filho, Lívia Maria, e em 1947, o terceiro filho, Ivâ.
Quando do exílio político do marido (1964) tomou a frente dos negócios passando a dirigir e presidir o Jornal de Mairiporã, esteve a frente de várias ações sociais, de assistência social aos mais necessitados. Quando do seu falecimento em uma enchente na av. Pacaembu, em 19/04/1976, com 63 anos, houve grande comoção social na cidade pela perda desta importante cidadã mairiporense, recebendo imediatamente nome de rua na cidade, querida que era pelos por todos os mairiporenses.
As irmãs da vovó Lívia.
Do primeiro casamento de seu pai, Nestor, nasceu Diamantina , depois Nestor casou-se com Carlota, e deste casamento nasceram os filhos: Odete , mãe de Hélia, Dalmo Benedito Florense e Jarbas Florence, depois, Lídia Nasser , Lívia Val Silva André , Aggeu Val Silva , Diamantina Val Silva, Alice Val Silva e Áurea Barroso Leite.
Vovó Lívia com ternura, sempre estará em minha memória.
SRª LÍVIA VAL SILVA ANDRÉ - (1914 - 1976)Dona Lívia Val Silva André, foi esposa do Esar Zacharias André (a casa dos Advogados leva o nome dele), proprietário do "Jornal de Mairiporã".
Ela faleceu numa enchente em São Paulo, no Pacaembu, no desespero, ela se apavorou quando a água começou a subir, saiu do carro, e infelizmente foi levada pela enxurrada e morrendo afogada em 19 de abril de 1976. Ela era do Lions e por isto ela era envolvida em ações sociais da cidade. Foi esposa de um grande cidadão Mairiporanense: Dr. Esar Zacharias André. Promessa é dívida. Prometi à alguns moradores pesquisar um pouco da vida dessa digníssima senhora e aí esta. Obrigado a todos e em especial a Ana Tereza Andre Nistal , Ana Beatriz e Luiz Augusto André Balthazar. Por Bethos Massucato Pires
Dr. Esar Zacharias André e sua esposa, Sra. Livia Val Silva André
- Sendo o segundo neto desta senhora, acho que é bom colaborar um pouco.
O Dr Esar meu avô se mudou para Mairiporã em meados de 67, após ter seus direitos políticos cassados no Ai1 juntamente com o ex presidente Juscelino.
É bom lembrar que os que foram citados neste primeiro, o Ato Inst. 1 , eram os que para governo poderiam ameaçar de forma legitima o governo militar. A cesta de listados continham conhecidos comunistas , simpatizantes, democratas e homens com grande força politica civil. E entendemos que meu avo fazia parte deste ultimo grupo., muito embora sua inclusão tenha nascido de uma fofoca de que ele havia estado presente numa festa privada de um conhecido empresário e mecenas das artes além de maior criador de porcos do Brasil ...ele fora a festa como tantos outros que nem eram comunistas , mas naquele tempo quem frequentasse uma festa assim era alvo de suspeitas e se fosse alguém de certa importância isso seria usado como foi. Então cassado injustamente , já que não haviam provas de sua filiação ao PC, e na verdade ele era cofundador do PTB junto com Ivete Vargas, mesmo assim saiu sua cassação e não havia margem para defesa.
Teve que se retirar da politica e veio para Mairiporã. Trouxe consigo uma imensa lista de amigos influentes que entre outras ações ajudou a fortalecer o município e trazer a comarca de Mairiporã, fato que deu outra força institucional e jurídica para estas terras, já que era uma região dominada por posses e fazendas ilegais. Dona Lívia, minha Avó, era uma senhora dedicada a causas sociais e sem duvida uma pessoa que desde muito jovem se compadecia das necessidades das pessoas pobres fazendo caridade e entregando quase sempre em mantimentos e roupas e remédios todo tipo de ajuda que lhe era solicitada, ou que ela visse necessária. Sua vida foi marcada por esta solidariedade. Eramos pequenos e estávamos sempre com ela fazendo kits, enchendo garrafas de leite tirado das vacas do nosso sitio e a agenda dela, era tomada por visitas a pessoas pobres...Sua convivência com meu avo era muito parceira e equilibrava ele, quando ela partiu ele não consegui mais manter a linha de conduta que o havia salvo da frustração politica e deixou Mairiporã e todo legado que havia construído. Meu avô nunca assumiu um posto de expressão na cidade, mas estava ao lado dos principais políticos que ele ajudou a se projetarem e que trouxeram desenvolvimento e melhorias. Dona Lívia era muito religiosa, sempre apegada e frases e defendo condutas do bem. Dinheiro e riqueza não os seduzia mais , como nunca foi o foco deles, mas sim vida social participativa , caridade, melhorias e desenvolvimento. Dona Lívia era assim porque aprendera muito jovem com seu Pai Nestor Ribeiro do Val e sua mãe Carlota (que aparece na outra foto) a entregar o excedente para o povo. Sua fazenda de café na região limite entre rio e Minas era conhecida por manter um deposito de alimentos onde a população da vizinhança fazia fila para retirar cotas...ela cresceu junto com suas 7 irmãs fazendo este tipo de caridade...e mesmo quando o Pai perdeu sua fortuna na quebra de 29, ela e a família mantiveram seus hábitos de ajudar os carentes. Em tempo, um ultimo esclarecimento: ela não morreu só por conta da enchente, mas por conta da memoria: pois sua lembrança no instante da enchente que a afogou foi de um outro episodio no mesmo lugar, onde ela já estivara 25 anos antes e que só fora salva por ter deixado o carro e salva por um caminhão da prefeitura. Outra curiosidade: ela não largou a bolsa, que continha seu maior tesouro: sua caderneta onde anotava e agendava suas obrigações familiares e de caridade...caderneta que com a bolsa e meio dúzia de outros objetos sem valor, além de pouco dinheiro ficou grudada em sua mão e braço,...além disso infelizmente agravou o fato de que não sabia nadar...e bateu a cabeça num poste ao cair...tragédia e destino. Não é justo deixar lacunas nesta historia e estranhamos sinceramente o pouco reconhecimento geral da cidade ao meu Avô, Dr. Esar, e a minha Avó. Somos testemunhas diretas de que só faziam para Mairiporã o melhor para a cidade e comunidade, através de ações pessoais e de instituições como o Lions Clube de Mairiporã, mas sobretudo entendemos que quando minha avó morreu, o meu avô praticamente morreu junto, pois ele não conseguiu, embora só falecesse 14 anos depois, mais manter uma vida feliz...e com objetivos....se formos listar o conjunto de ações e desenvolvimentos na cidade, seria uma lista imensa, que passa inclusive pela criação da represa, assim como, pelo primeiro jornal da cidade, e por inúmeras instalações que ainda estão ativas...mas pouca menção ou quase nenhuma foi feita, dado que reflete o baixo egocentrismo do casal...tudo sempre feito em nome de terceiros sem querer glorias para si... Por Luiz Augusto André Balthazar ______________________________________________ SEÇÃO DE FOTOS
O ESTADO DE SÃO PAULO, 08.07.1965, página 15.
NOTA DE FELECIMENTO
D. CARLOTA RIBEIRO DO VAL SILVA – Faleceu ontem, nesta Capital, aos 86 anos, d. Carlota Ribeiro do Val Silva, viúva do Sr. Nestor Fernandes Silva. Deixa os filhos Aggeu do Val Silva, casado com Ady Macedo Silva; d. Lydia Nasser, viúva do Sr. Vicente Nasser; d. Lívia André, casada com Sr. Esar Zacharias André; d. Áurea Barroso Leite, casada com Dr. Celso Barroso Leite; Alice do Val Silva e Diamantina do Val Silva, solteiras. Deixa ainda os netos, d. Helia Ramos, casada com Dr. Manoel Carvalheira Ramos, d. Áurea Balthazar, casada com o Sr. Plínio Augusto Balthazar; d. Lívia Sanvito, casa com o Dr. Wilson Luiz Sanvito; Dr. Benedito do Val Silva (Tio Dalmo), Ivan do Val Silva, Vicente do Val Silva, Vera do Val Silva, solteiros. Deixa também bisnetos. O féretro sairá hoje, às 10 horas, da Igreja de Nossa Senhora do Paraíso, na rua Paraíso, 21, para o cemitério de Campo Grande.
DELEGADO, DR. DALMO FLORENSE
Dalmo Florense, 1927 - 1976
Benedicto Dalmo Florense nasceu a 8 de março de 1927, em Pinhal, São Paulo, e desencarnou no dia 22 de abril de 1976. Marcam sua poesia os temas simples e humanos e inconfundível espontaneidade. Como pintor, realizou várias exposições em São Paulo. Publicou, em 1949, “Maneco” (poemas) e deixou grande número de poesias inéditas.
Nesta foto do ano de 1966, à esquerda o saudoso Marino Vieira de Novaes, despachante habilitado que, durante muitos anos, juntamente com o Dr. Moacyr Padovan, foram os dirigentes do Escritório M.P. (Moacyr Padovan) de Contabilidade. Esse Escritório continua em plena atividade, ainda, sob o comando do Dr. Moacyr Padovan.
À direita da foto o saudoso Dr. Benedito Dalmo Florence, mais conhecido como Dr. Dalmo, na época, Delegado de Polícia de Campos do Jordão, atentamente e embevecido, contempla, com certeza, uma raridade, um disco LP (Long play), da magnífica discoteca do amigo Marino. Dr. Dalmo, além de excelente Delegado de Polícia (1966/1967) foi exímio poeta. _______________________________________________________ Publicações de Jornais (1)
JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO PÁGINA 35
SEXTA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 1976
Nota de Falecimento
O Esposo Esar Zacharias André. E as filhas, o filho, genros e nora. Áurea e Plínio Augusto Balthazar; Lívia Maria e Wilson Luiz Sanvito; Ivan Esar Val Silva André e Tereza; e os netos da inesquecível
LIVIA VAL SILVA ANDRÉ
agradecem as manifestações de pesar e convidam os parentes e amigos para a missa de 7º dia que será celebrada no dia 26, às 19 horas, na Igreja Nossa Senhora do Desterro, na cidade de Mairiporã. ____________________________________________ Publicações de Jornais (2)
(1) - A NOITE, 05 DE OUTUBRO DE 1962
O INSTITUTO DOS INDUSTRIÁRIOS
ESCLARECE A OPINIÃO PÚBLICA
Nota do Gabinete da Presidência
Face aos repetidos comentários insertos na imprensa, a Propósito de nomeações feitas neste Instituto, durante o primeiro semestre do corrente ano, cumpre-nos esclarecer, mais uma vez, o seguinte:
a) - nenhuma recomendação do Sr. Presidente da República foi feita à Administração do I.A.P.I., no sentido de aproveitamento de pessoa ligada a S. Ex.ª Laços, inclusive os de parentesco: desconhecem-se, mesmo, neste Instituto, parentes de S. Ex.ª beneficiários de quaisquer nomeações no mencionado período;
b) - as nomeações foram efetuadas legal e regularmente, para atender às necessidades de pessoal acumuladas no último decênio, pelo desenvolvimento industrial o qual aumentos dos encargos da Instituição, hoje obrigada a manter no País, 280 órgãos próprios, constituídos de Agências, Pontos de Benefícios, Pontos de Assistência e Delegacias Estaduais, ao invés dos 164 que existiam em 1952;
c) – malgrado alguns comentários jornalísticos, prejudiciais ao conceito tradicional que o I.A.P.I desfruta, graças a sua modelar organização, os serviços desta instituição se desenvolveram normalmente, suas obrigações estão em dia, realizaram-se, mensalmente 500.000 pagamentos de benefícios com valor superior a 5 bilhões mensais. As despesas com administração geral, nas quais se incluem as de pessoal, mantém-se aquém do limite legal, de 25%, sobre as folhas salariais da indústria. Aquelas despesas, em relação à receita, apresentam até uma tendência para baixo, conforme a seguir se demonstram
Exercício Receita Despesas Adm.-Geral Percent. 1941 292.070.064,40 33.737.122,70 11,35%
1951 3.906.806.435,50 296.984.422,50 7,48%
1961 84.334.777.124,10 4.594.510.234,20 5,47%
d) – as nomeações foram realizadas em face das necessidades da Instituição, e apenas preencheram parte das vagas existentes no quadro de Pessoal aprovado pelo Decreto n.º 51.477, de 29-5-62; observando-se as normas estabelecidas na Lei Orgânica da Previdência Social, estando os interessados sujeitos a concursos, cuja a realização foi solicitada ao D.A.S.P.;
e) – carecem de fundamento as informações publicadas em alguns órgãos da imprensa, levadas por pessoas interessadas em agitar a opinião pública, as quais deturpam e alteram a verdade dos fatos com finalidade política, visando atingir pessoas ou órgãos da administração;
f)– O Conselho Administrativo do I.A.P.I., que dirige a Instituição, é constituído pelos Representantes de Trabalhadores, Waldemar Luiz Alves e Wilson Cattete Braga; pelos Representantes da Indústria, Dr. João Constante de Magalhães Serejo e Engenheiro Milton Bezerra Cabral; e pelos Representantes do Governo, DR. ESAR ZACHARIAS ANDRÉ e Ney Gerhardt, sendo estes funcionários a mais de 20 anos e ex-Delegados Estaduais da autarquia. A este conselho cabe a integral responsabilidade pela administração do I.A.P.I.
JOSE ARISTON FILHO
Chefe de gabinete da presidência do I.A.P.I.
(2) - A NOITE, 16 de fevereiro de 1963, Página 3 PETROBRÁS FORNECERÁ GASOLINA AO IAPI
A PARTIR DO DIA 1 DE MARÇO PRÓXIMO TODA A GASOLINA E DEMAIS DERIVADOS
DE PETRÓLEO NECESSÁRIOS AO CONSUMO DO INSTITUTO DE APOSENTADORIA E PENSÕES DOS INDUSTRIÁRIOS, SERÃO FORNECIDOS DIRETAMENTE PELA PETROBRÁS. TAL DECISÃO FOI TOMADA POR AQUELE ÓRGÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL CONSIDERANDO QUE A OPERAÇÃO A SER FEITA NOS MOLDES DO QUE VEM OCORRENDO EM RELAÇÃO A VÁRIOS ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS E EMPRESAS DE INTERESSE NACIONAL COMO É O CASO DA MARINHA, AERONÁUTICA, FABRICA NACIONAL DE ÁLCALIS E OUTROS, TRAZ REAIS ECONOMIAS.
O PRESIDENTE DO IAPI,
SR. ESAR ZACHARIAS ANDRÉ,
ASSINOU RESOLUÇÃO DETERMINANDO AO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO GERAL DAQUELA
AUTARQUIA QUE, ATRAVÉS DE SEU SETOR COMPETENTE, ENTRE EM CONTATO COM A DIREÇÃO DA PETROBRÁS PARA FIXAR AS BASES EM QUE DEVE SER EFETIVADO O FORNECIMENTO. NO DOCUMENTO, O SR. ZACHARIAS ANDRÉ ACENTUA QUE QUALQUER REDUÇÃO NAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS DO I.A.P.I. CORRESPONDERÁ AOS ATUAIS PROGNÓSTICOS DO GOVERNO, E, ALÉM DO MAIS, AO FORTALECIMENTO DA PETROBRÁS, EMPRESA DA MAIOR IMPORTÂNCIA PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL E A CONSOLIDAÇÃO DA ECONOMIA DO PAIS.
(3) - O ESTADO DE SÃO PAULO, 30.10.1962 JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO, 30.10.1962
Discurso de Posse
O Sr. Alvaro Franco Caruso, no momento em que pronunciava o seu discurso de posse, no cargo de delegado do IAPI em São Paulo. À sua direita, o Sr. Esar Zacharias André, vice-presidente do Conselho Administrativo da autarquia, que presidiu o ato.
Tomou posse o novo delegado do IAPI
Tomou posse ontem, do cargo de delegado do IAPI em São Paulo, o Sr. Alvaro Franco Caruso, recentemente nomeado pelo Conselho Administrativo da autarquia para suceder ao sr. Antonio Molica Filho.
Presidiu ao ato, que se realizou às 13 e 30 horas na sede da Delegacia, o sr. Esar Zacharias André, vice-presidente do Conselho.
Estiveram presentes o conselheiro Paulo Siqueira Cardoso, representantes sindicais, diretores e chefes de serviço do IAPI. (4) Página 18, Jornal A GAZETA - São Paulo, 21 de janeiro de 1959![]() O sr. Alvaro Franco Caruso, funcionários n.o 489, ingressou no instituto em 1938, por concurso, na carreira de Fiscal. Desde então vem ocupando cargos escalonados, entre os quais o de assistente da Delegacia, de Diretor das Divisões de Benefícios e de Arrecadação. ![]() _________________________________________________________________________________ SEÇÃO DE FOTOS (2) - DIARIO DA NOITE, Vespertino, quinta feira, 09 de janeiro de 1958, página 08: Bacharéis de 1951 - no próximo dia 11, às 13 horas , nos salões do Claridge Hotel ( Av. 09 de Julho, 210 ) será realizado almoço de confraternização dos bacharéis da turma de 1951 da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, ocasião em que serão distribuídos os álbuns. Adesões com Drinadir Coelho , fone 32-1950; Esar Zacarias André, 33-4496 e 35-6362; Aldo Raia, 37-3686; José Roberto Lellis Vireira, 36-6149 e 52-2720 ; Abrahão Moysés Dzik, 51-0941; Helio Fiorillo, 34-9357 e 33-4304 ; Raimundo Pascoal Barbosa, 37-6380 ; José Mário Junqueira Azevedo, 35-9194 ; Ayres Manoel Martins Torres, 52-0211; Ary Nunes Garcia, 55-1375 e 36-2616 ; Gil Costa Carvalho, 32-2754 e Eduardo Antonio Machado , 36-0296. __________________________________________________ Por que Escrevo? Escrevo para registrar minhas lembranças, que adormecem Em profundazas Por Vezes inalcançáveis
De tal sorte,
Que me sinto perdido,
Em uma incômoda tristeza,
Então, esforço-me em marcá-las.
Pois já se esvão distantes,
No tempo que perseguem as folhas
Desgarradas das árvores Ao irreversível destino,
O Esquecimento.
____________________________________
COLABORADORES:
- Alexandre Macedo Silva ; - Roberto Moreira da Silva |
EU TINHA ME ESQUECIDO,DO ROSTO DO DR. IZAR,MAIS VENDO A FOTO LEMBERI-ME PERFEITAMENTE DELE.SABE,POR MORAR NA AVENIDA LIVIA VAL,,LEMBRO-ME SEMPRE DA SUA AVÓ,E TAMBEM POR TE-LA CONHECIDO E TER CONVIVIDO COM ELA,AS LEMBRANÇAS SÃO MAIS NITIDAS.SEUS AVÓS FORAM PESSOAS ADMIRAVEIS.DONA LIVIA VOLTOU PRA CASA MUITO CEDO MAIS DEIXOU UMA EMORME SAUDADE.MAIRIPORÃ PERDEU COM SUA PARTIDA ,NÓS TAMBEM PERDEMOS,SABE QUERIDO,VAMOS TRANSFORMAR NOSSA SAUDADE,EM FLORES MANDA-LAS PARA ELES.SEMPRE FALO PARA OS MEUS VIZINHOS,VAMOS CUIDAR BEM DA NOSSA RUA PORQUE,SER AVENIDA DONA LIVIA VAL SILVA ANDRE,TEM UM PESO ENORME.SINTO UMA MISTURA DE ORGULHO E EMOÇÃO CADA VEZ QUE ALGEM PEDE MEU ENDEREÇO.
ResponderExcluirNão sei nem o que te responder, Maria, pois seu comentário me deixou muito emocionado. Obrigado, muito obrigado por registrar este testemunha seu. Quando fiz esse blog, pensei assim, preciso resgatar as lembranças que o tempo leva no esquecimento. Agora, com esse seu testemunho, mais que lembranças, saber que você também compartilha a memória dela, você causa grande alegria. agradeço muito pelas lindas palavras que você postou. Vou pouco em Mairiporã, mas quando for procurarei para conversarmos mais. Um forte abraço. Que Deus o Abençoe sempre. Abs.
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